quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um breve relato da minha História...

Ubirani Nunes, nasci em 08 de setembro de 1987 na cidade do Salvador-Ba, fui criado no bairro da Boca do Rio por toda a minha vida, teve meu primeiro contato com o Asé por intermédio de meu genitor Ney Nunes (Filho do Osún no Ilè da srª Amalha de Bessem no bairro de Pernabúes, Salvador-Ba.
Com 10 anos de Idade Ubirani hoje mais conhecido com Bira de Yemanjá passou a freqüentar festas de diversas nações inclusive Umbanda.
Aos 13 anos de vida senti uma grande necessidade de consultar o jogo dos búzios e assim foi apresentado-a a uma senhora chamada Vilma Andrade, esta será minha futura Yálòrisá.
Ao conhecer o ILÈ ASÈ SIDELOYÁ localizado em Areia Branca – Capirára; passei a ser filho vindo a me iniciar após 04 anos, período que levei para me arrumar, gosto de lembrar que levei quatro anos de minha vida juntado minha mesada de 60,00 por mês na época era a minha única fonte de renda... Mas eu consegui, comprei tudo que era necessario para minha iniciação com muita luta e fé!
Finalmente após esse período, em 18 Janeiro de 2002 eu nasci para o ÒRISÁ!
Tempos após minha obrigação de 03 anos, por motivos particulares houve a quebra do elo com minha Yálòrisá. Sendo assim dei continuidade as minhas funções e ABRIGAÇÕES (não vejo o candomblé como obrigação e sim abriguei em mim as responsabilidades que traz a minha religião), no Ilè Asé Opò Onirè adotando como segunda casa, onde eu recebi com maior amor o ÒYÈ no ano de 2011.
Vale ressaltar neste momento que freqüentei outras religiões como o BUDISMO CATOLISISMO PROTESTANTE ESPIRITISMO, porém a que mais me identifique foi o candomblé e por esse motivo permaneço... 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Presente de Osún, Yemanjá e Ossàlá ( 12/10/2011)

O presente tem como objetivo maior agradar os Orisá(s) que predominam nas ÁGUAS em seu arquétipo real (essência).
Simboliza também encerramento do ciclo de festa!




sábado, 8 de outubro de 2011


Orikí Òsún Òpàrà

Òpàrà - Com Tradução a Cada Linha 
Òsún Òpàrà 
Yèyé Òpàrà ! 
Obìnrin Bí Okùnrin Ní Òsún 
A Jí Sèrí Bí Ègà. 
Yèyé Olomi Tútú. 
Opàrà Òjò Bíri  Kalee. 
Agbà Obìnrin Tí Gbogbo Ayé N'pe Sìn. 
Ó Bá Sònpònná Jé Pétékí. 
O Bá Alágbára Ranyanga Dìde. 



Òsún é uma mulher com força masculina. 
Sua voz é afinada como o canto do ega. 
Graciosa mãe, senhora das águas frescas. 
Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la. 
Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos. 
Que como pétékí com Xapanã. 
Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.

ORIKI DE OSÙN

Osún , mãe da beleza
Graça clara
Mãe da clareza

Enfeita filho com bronze
Fabrica fortuna na água
Cria crianças no rio

Brinca com seus braceletes
Colhe e acolhe segredos
Cava e encova cobres na areia

Fêmea força que não se afronta
Fêmea de quem macho foge
Na água funda se assenta profunda
Na fundura da água que corre

Osún do seio cheio
Ora yeyê, me proteja
És o que tenho -
Me receba.

(Transcriação de Antônio Risério)

Mito de Òsún

Òsún queria muito aprender a arte da adivinhação e foi procurar Esú que, matreiro, disse a Òsún que lhe ensinaria os segredos da adivinhação se ela, durante sete anos, passasse, lavasse e arrumasse sua casa.
Òsún foi aprendendo a arte da adivinhação cumprindo seu acordo. Findando os sete anos, Òsún e Esú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum e Òsún resolveu ficar em sua companhia.
Um dia, Shòngó passou, avistou Òsún que se banhava à margem do rio e se apaixonou. Perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu palácio em Oyó. Òsún rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Esú. Shòngó então sequestrou Òsún e levou-a em sua companhia.
Esú saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Shòngó, foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Òsún, triste e a chorar por sua prisão. Esú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Òrùnmílá, que de pronto agrado lhe deu uma poção de transformação para Òsún desvencilhar-se dos dominíos de Shòngó. Esú, por meio da magia pôde fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Ela tomou a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pôde então retornar em companhia de Esú para sua morada.