sábado, 8 de outubro de 2011

Mito de Òsún

Òsún queria muito aprender a arte da adivinhação e foi procurar Esú que, matreiro, disse a Òsún que lhe ensinaria os segredos da adivinhação se ela, durante sete anos, passasse, lavasse e arrumasse sua casa.
Òsún foi aprendendo a arte da adivinhação cumprindo seu acordo. Findando os sete anos, Òsún e Esú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum e Òsún resolveu ficar em sua companhia.
Um dia, Shòngó passou, avistou Òsún que se banhava à margem do rio e se apaixonou. Perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu palácio em Oyó. Òsún rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Esú. Shòngó então sequestrou Òsún e levou-a em sua companhia.
Esú saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Shòngó, foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Òsún, triste e a chorar por sua prisão. Esú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Òrùnmílá, que de pronto agrado lhe deu uma poção de transformação para Òsún desvencilhar-se dos dominíos de Shòngó. Esú, por meio da magia pôde fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Ela tomou a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pôde então retornar em companhia de Esú para sua morada.

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